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Resistência ao Fogo

No livro “Manual de Tabelas Industriais” de Guilermo Sanches Estrela, Editora Hermus – 1975, p. 160 encontramos o título “Resistência ao Fogo” que transcrevermos dada a sua importância para conhecermos o assunto: O homem preocupa-se com a segurança das construções desde que construiu suas primitivas habitações. Este interesse é demonstrado pelas leis de diversas civilizações antigas.

À medida que as comunidades cresciam, geravam maiores e mais prementes problemas de saúde e proteção pública e bem estar social. A proteção contra o fogo tornou-se, em diversos países, uma das principais preocupações, visto envolver não somente os ocupantes de uma construção, mas também a própria construção e a comunidade que os cerca.

Tornou-se, pois, imprescindível o estabelecimento de normas gerais de construção. Passo pioneiro foi dado nos Estados Unidos, quando em 1894, a “National Board of Fire Underwriters” fundou o “Underwriter”s Laboratories, Inc,” (UL), o qual, um ano após, publicou o primeiro código de obras. Com o progresso dos conhecimentos desde essa época tem sido revisado e aperfeiçoado através dos anos.

Um dos resultados desse aperfeiçoamento foi o desenvolvimento de padrões uniformes de ensaios de fogo. O estudo do desenvolvimento de materiais de construção e de tipos de edificações sob condições de ensaios padronizados, tornou-se o critério aceito para determinação da resistência ao fogo. As normas de proteção contra fogo nos edifícios são baseadas na sua destinação e características.

Essas normas exigem que materiais e detalhes de construção tenham sido provados em ensaios de laboratório, dentro de grau especifico. As experiências tem determinado o grau de resistência ao fogo que um elemento de construção deve possuir para a obra, em seu todo, apresente proteção.

O emprego de testes de laboratórios para tornar previsível o desempenho ou resistência contra o fogo nas construções reais tem levado, às vezes, a certa compreensão. Os índices de resistência a fogo estabelecidos em laboratórios não indicam que o conjunto testado resistirá à mesmas condições de fogo, pelo mesmo período e tempo, quando em instalação real num edifício. Eles apenas indicam a resistência a fogo relativa dos diferentes conjuntos.

Por outro lado, estes ensaios não devem ser menosprezado como as vezes sucede. Eles de fato representam o mais acurado método prático de assegurar ao público a merecida proteção. Quando os ensaios-padrão são desprezados e substituídos por testes fora de padrão, isto é feito, geralmente, para promover um determinado produto que não apresenta bom desempenho sob os ensaios-padrão.

ENSAIOS – Preliminarmente, deve-se observar que, de acordo com as normas internacionais, o índice de resistência ao fogo indica a extensão de tempo que um determinado conjunto resiste á passagem de calor e chamas intensas, mantendo a sustentação da carga prevista.

O índice de resistência ao fogo é relativo a todos os componentes de um dado conjunto — não somente á membrana de um forro, divisória ou parede.

Por exemplo, um dado tipo de forro, embora dotado de membrana resistente ao fogo ou mesmo incombustível, poderá acusar um baixo índice de resistência – ou até nenhum — caso o seu sistema de suspensão e/ ou os elementos que compõem esse sistema sejam de natureza combustível ou de fraco desempenho quando submetido ao fogo.

Já no aso de divisórias e paredes eu são de alvenaria, os laudos de resistência a fogo – e nisto se inclui também a atenuação acústica – referem-se sempre a elevações tipo painel cego, de piso e forro, sem vidros de qualquer aberturas. Desconhece-se ensaios porventura efetuados sobre divisórias com estrutura de alumínio.

É provável, porém que divisórias estruturadas por esse metal, mesmo que dotadas de painéis incombustíveis, venham a acusar fraco desempenho sob condições de teste. Dado o relativo baixo ponto de fusão do alumínio, é de acreditar–se que já nos primeiros minutos de um incêndio seja atingida temperatura suficiente para provocar sua dilatação e contorção, ruindo todo o conjunto de divisórias.

Nos Estados Unidos, o grau de resistência ao fogo exigido pelos diversos códigos de obra é geralmente indicado por índices estabelecidos por ensaios de uma das quatros maiores instituições americanas abaixo: National Bureau od Standards; Underwriter’s Laboratories, The Ohio Statee Unioversitey; University of California.

Os índices de resistência a fogo são dados em diferenciais de ½ , e ¾ e 1 hora, daí em diferenciais de ½ hora entre 1 e 2 horas e em diferenciais de 1 hora além de 2 horas. Assim, em teste processado por período de 1 hora e 20 minutos, será designado com um teste de uma hora.

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